A Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins deste ano trouxe novidades relacionadas a tecnologia e inovações para o produtor rural. Cão robô, iogurte de flor com propriedades analgéticas e anti-inflamatória foram alguns dos vários destaques no evento. A Agrotins começou na última terça-feira (13) e encerra no sábado (17).
A flor utilizada para produzir o iogurte é a Ixora, que vem do continente asiático. No Tocantins, jovens pesquisadores perceberam que a planta era comestível e se adaptava bem ao clima do cerrado, e assim nasceu o ‘Ixogute’. Segundo o estudante de engenharia, Thiago Zagerolano, a pesquisa busca consolidar o produto no mercado tocantinense.
“Ela tem propriedades analgéticas, anti-inflamatória, e ela é muito utilizada principalmente como chá já na Índia, e para nós ainda não é consolidado. Ou seja, queremos ser um pioneiro na parte alimentícia e aos poucos introduzir ela no mercado para servir essa parte do chá, essa parte medicinal dela e tudo isso”, disse.
O técnico em TI, Rayllon Rodrigues provou o iogurte e garante que a novidade é saudável e saborosa. “Saiu um produto muito gostoso, né? Produziram iogurte e a geleia. Algo bem interessante, bem gostoso, eu recomendado”.
Outro produto que chamou atenção na feira foi o cão robô. Ele monitora as condições ambientais e as principais ameaças na lavoura. O equipamento é lançado por uma multinacional chinesa.
“Sempre tem fogo, né? Ele também pode pensar e coletar todo dia informações e dados”, explicou o diretor de vendas da Supcon, Gabriel Zheng.
Na Agrotins há espaços e inovações para produtores de todos os tamanhos. Desde a venda de máquinas grandes a soluções para os pequenos e médios agricultores. Um projeto criado por estudantes do ensino médio do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), por exemplo, criou uma tampa para controlar a quantidade de luz na caixa de abelhas.
“O própolis é utilizado pelas abelhas como uma forma de tampar a entrada de luz. Utilizando esse acrílico, ele dispersa a luz por toda a caixa. Isso também, outra coisa importante, é a cor do platô que utilizamos, que é o branco, o que reflete mais a luz”, explicou o estudante de informática, Guilherme Coelho.
Com essa tampa coleta dos apicultores podem ficar até 50% mais produtiva. Segundo o estudante de informática Heitor Miranda, a confecção desse material conta com ajuda da impressora 3D.
“Este material é feito pela impressora 3D, o acrílico é cortado a precisão a laser, também decidimos colocar, digamos assim, transparente, para dar mais visibilidade e para agilizar a produção”.
Na 25ª edição da feira, a expectativa é ter a presença de 1,2 mil expositores e movimentar R$ 4,5 bilhões em negócios, segundo o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Jaime Café. O valor deve superar a edição de 2024, quando foram movimentados R$ 4,2 bilhões.
“O produtor entendeu a importância de aproveitar aquela janela de produção. Você poder plantar no período adequado para que você tenha uma produtividade melhor, extrair o máximo do solo. O produtor, numa safra muito boa, como foi a desse ano, ele está mais animado para poder fazer aquisição dos seus equipamentos. Então, estamos com uma expectativa muito boa”, disse o secretário.
